sexta-feira, 6 de abril de 2018

Momentos de Aflição


Estávamos no ínicio de 2016, tudo parecia estar bem com ele, até que nos apercebemos que algo estava mal com um dos seus olhos. Fomos com ele de imediato ao veterinário. A única coisa que nos disse é que ele deveria ter batido com a vista em algum lado, pois estava inchada e ele coçava-se muito.
Receitou-nos umas gotas, uns comprimidos, levou uma injecção e trouxemo-lo para casa.

A medicação foi dada com cuidado e sempre a horas para evitar que a situação piorasse. Ele melhorou é certo mas não estava completamente curado. De quinze em quinze dias lá iamos com ele para o veterinário por causa do olho, para não falar da vez em que ele comeu chocolate(*) e esteve a morrer. Tudo isto porque o guloso, trepou para chegar à bancada da cozinha e roubar o chocolate que lá estava, felizmente comeu só um pouquinho senão teria sido o seu fim. Ele começou a vomitar de tal forma que corremos, de novo, para o veterinário, ficou internado cinco dias para poderem desintoxicar o seu corpo. 

Os meses foram passando,  depois do susto com o chocolate, nunca mais deixámos nada em cima da bancada. Contudo o seu olhinho não melhorava, continuava inchado e o veterinário não dizia o que ele tinha, apenas receitava gotas, dava-lhe injecções... Numa das últimas vezes que fomos àquele veterinário, receitou uns comprimidos que iam matando o Lucky, a dosagem receitada não era indicada para ele e só demos conta porque ele deixou de comer, de beber, não andava...não era o mesmo, só vomitava.

Resolvi pedir ajuda. Numa das muitas idas a Portugal, levei o Lucky para ser observado por outro veterinário. Após a consulta e os exames clinicos, caiu a bomba... O Lucky tinha cancro! Sim, cancro no olho esquerdo, tinha um Glaucoma. No caso dele, já em estado avançado e a única solução era a extração do olho. Fiquei sem chão...o meu menino...mas não havia nada a fazer, tinha de ser para o bem estar dele.

Marcámos a operação e assim foi. Após longas horas de espera (que para mim pareceram infinitas), fui buscá-lo. Assim que o vi, não consegui conter-me e as lágrimas correram pelo meu rosto. Porquê? Questionei. Porquê ele? Pobre bébé, meu menino lindo! Aí pensei que ele já tinha passado por tudo o que havia a passar, mas enganei-me!...







* Devo alertar que o chocolate é extremamente venenoso para os cães, foi uma sorte ele ter sobrevivido.


Dias Festivos...

O Lucky também comemora o seu aniversário, bem como o Natal e todas as datas festivas.

Como disse...faz parte desta família que o acolheu com amor.


 Aqui estava ele, a festejar mais um aniversário, é certo que ele não gosta de ter nada sobre a cabeça, mas foi só para a fotografia, para mais tarde recordar.

No Natal também tem a sua árvore, pequenina como ele, e também ganha presentes.

Ao longo destes cinco anos em que o Lucky, nos dá o prazer de o ter como companhia, nem tudo foram brincadeiras e risotas, também houveram momentos de muito sofrimento.




No Natal 
Num dos seus aniversários
Os seus amiguinhos 💖

domingo, 1 de abril de 2018

Quem é o Lucky?

Eram tantas as alegrias que este Ser tão pequeno nos transmitia.
Realmente são portadores do verdadeiro significado da palavra, amor.

E as peripécias não acabavam aqui. Afável e meigo dáva-se com toda a gente, adorava dormir ao sol, mesmo em dias de calor. Nos longos passeios de verão regalava-se a correr de um lado para o outro, mas tinha de estar sempre atenta pois comia tudo o que aparecesse, mesmo não sendo comestivel. Já nas noites frias de Inverno, ninguém conseguia mantê-lo na rua por muito tempo, pois detestava ter as patas molhadas, o vento a soprar-lhe na cara. Ou seja as suas idas à rua baseava-se extritamente na necessidade que tinha de ir "à casa de banho".

Apesar de ter a sua cama, adorava estatelar-se no sofá, ou aninhar-se ao nosso lado quando estavamos sentados. 

O Lucky tem personalidade, vontades e manias também... (risos) 
  • Não se senta no chão, a não ser que haja uma almofada, os chinelos de alguém ou até um tapete. Quando faz xixi faz o "pino" ou seja eleva as duas patas traseiras, muito engraçado...mesmo!
  • Gosta de ter um cobertor em cima dele, e no sofá as almofadas são todas dele.
  • Adora os seus brinquedos e é muito fotogénico. Adora banana, aliás é louco por banana.
  • Banho? Detesta a palavra banho e muito mais ainda o secador!...


Confesso que a minha vida sem ele não teria tanto sentido. Ele sabe quando estou triste, adora abraços e carinho, quando chego a casa fica tão excitado, que parece que me ausentei por semanas. E todos os dias são assim, desde que ele entrou na minha vida. O amor é maior.Eu não lhe ensinei nada, já ele...ensinou-me muito!

Eu acredito que eles são seres divinos, pois ensinam-nos o que realmente significa amor incondicional!

Até breve!!



Lucky a fazer pose :)






sábado, 31 de março de 2018

Fotos



Meu Príncipe

Com apenas uns meses de vida


Com dois anos, após a operação

Perigo de vida


"Foste crescendo, meu amor!"
Com apenas dois anos e numa das idas ao veterinário descobrimos que tínhamos de o operar, pois ele tinha um testiculo recolhido, se não fosse operado poderia gerar cancro. Pobre Lucky, tão pequenino e já com uma operação pela frente. Comecei a pensar que de "Lucky" não tinha nada, apenas o nome.

Marcámos operação para a época do Natal, o primeiro que iria passar sem o meu lindinho.

Confiei o meu menino a uma amiga que era enfermeira veterinária, ela levou o Lucky para Portugal para ser operado. Aproveitámos também para o castrar, visto que era algo que também tinha sido planeada com o veterinário. Tudo corria bem, o Lucky fez a viagem tranquilamente, e entrou no bloco operatório muito calmo.
A operação começara, após a indução da anestesia, verificaram que os sinais vitais do Lucky estavam anormais...Estava a morrer!!! Sim, meu Deus! A morrer...

Não era suposto acontecer algo assim, ele estava bem, a operação tinha começado e estavamos a perder o meu bébé... Ele era alérgico áquela anestesia. Fizeram-lhe reanimação e procederam à utilização de outro tipo de anestesia.

Foram minutos de pânico, pois a minha amiga estava do lado dele, e eu sem saber o que fazer a 1200km de distância. 
Graças a Deus tudo correu bem, e ele saiu ileso.

Fiquei com muito medo de o perder, ele não é apenas um animal de estimação, é como um filho para mim e cortou-me o coração saber que tinha passado por aquilo tudo, meu pobre menino.


sábado, 28 de outubro de 2017

O Milagre Acontece

Após a sua chegada muitas noites foram passadas ao seu lado, para que se sentisse protegido e não chorasse. Ali ficava eu sentada nos degraus daquela escada de madeira antiga, encostada à parede, onde dormitava alguns minutos e voltada a despertar para saber se ele estava a dormir. Assim que ele adormecia tentava subir as escadas para me deitar um pouco e descansar, mas assim que ele me sentia partir, voltava a chorar.
No fundo a partir do momento em que entrou na minha casa eu passei a ser a sua mãe. Por isso permito-me de lhe chamar e tratar como um filho. Não é isso que acontece com os bébés? Levantarmo-nos a meio da noite porque choram? Assim o fiz por ele também, logo a ligação ficou mais forte. Se calhar muitos o deixariam ali a chorar a noite toda para que se habituasse a estar só... Mas eu não sou assim.

Nessa altura eu não trabalhava, logo tinha o tempo todo para o meu principe, brincava com ele, educava-o... Ele era tão engraçado, tão pequenino, era do tamanho da palma da minha mão, era engraçado vê-lo correr tropeçando em si mesmo, levantando-se tão depressa como caía. A sua energia parecia ilimitada, nunca se cansava corria a casa toda.

As suas idas ao veterinário eram autênticas comédias, na sala de espera cães enormes e ele tão pequeno era o centro das atenções. Desde o início nunca foi dificil dar-lhe a vacinação, até o veterinário ficava admirado porque por norma esta raça de cães, apesar do seu tamanho, gosta de liderar e são um pouco agressivos. Nas sucessivas idas ao veterinário e em conversas com utentes que já tinham tido Pinschers, o que me diziam era que mesmo tendo cães de grande porte em casa junto com um pinscher, era ele que liderava a "matilha", por exemplo era o primeiro a comer, e rosnava aos outros... Ou seja, características que eu não encontrava no Lucky, verdade que era só ele em casa, mas era dócil mesmo para outros cães, para as pessoas, ladrava pouco (outra das caracteristicas desta raça é que ladram muito, são ótimos cães de guarda apesar do seu tamanho). Ele sempre teve uma cacterística que me surpreendeu, nunca quis liderar em casa, aliás sempre que eu falava com ele para o repreender de alguma asneira que tivesse feito,  ele baixava a cabeça e olhava-me de uma forma tão ternurenta, que por vezes era difícil manter o castigo. Para ele, eu era o líder.

Na primeira vez que saímos de casa com ele para uma caminhada, ia sendo atacado por um gato. O gato fazia três vezes o seu tamanho, não sei ao certo o que ele pensou que seria aquele animal tão pequenino, teria-o confundido com um rato? Agora que penso nisso acho hilariante, mas na altura não achei graça alguma, tive de gritar para o gato ir embora e pegar no meu lindinho ao colo, confesso que fiquei com medo.

Quando vínhamos ao jardim era vê-lo correr de um lado para o outro, perdendo-o de vista no meio das flores e relva envolventes. Nessa altura vivíamos numa casa, que derivado ao tamanho foi dividida em duas, eu morava na parte da frente da casa e nas traseiras vivia uma senhora idosa. 
À medida que o tempo foi passando formos nos tornando amigas. Ela era super simpática e vivia sozinha, era bastante elegante e tinha uma voz doce e meiga. Foi com ela que comecei a praticar o meu francês.

Antes de começar a trabalhar inscrevi-me num curso de francês para emigrantes e a minha vizinha fazia de babysiter do Lucky. Nos dias do curso preparava-me, pegava no Lucky e deixava-o com ela. Ela adorava-o porque ele era meiguinho e ele também gostava muito dela, aliás assim que eu falava no nome dela ele abanava o rabo de felicidade. 
Mas o Lucky não é um cão qualquer, tem uma capacidade de aprendizagem que me surpreendia, ele percebia quando lhe falavam em Português, Francês e até Inglês. Pois é, ensinámos-lhe algumas ordens nessas línguas e ele obedecia...Era uma fofura!


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

A Vida de Lucky...

Poderia ser uma história contada para crianças, o que não deixava de ser verdade, mas esta história é bem real...

Vou contar-vos a "história" deste amiguinho que entrou na nossa vida para torná-la muito melhor!

Então a "História" começa assim...

ERA UMA VEZ... um amiguinho de quatro patas, um cachorrinho nascido a 14 de Junho de 2013 de uma ninhada, cujos pais são ambos da raça Pinscher.
Ele era o mais pequenininho daquela ninhada de cachorrinhos. O facto de ser o mais pequeno tornava-o no mais frágil, mais fraco, sendo que à nascença os seus irmãos eram quase o dobro do seu tamanho. Os donos dos cães não podiam ficar com todos então, decidiram vende-los e os que não vendessem dariam às pessoas mais próximas da família.

E foi assim que este lindo entrou na minha vida. Vindo dentro de uma caixa de papelão, cabendo na palma da mão, conquistou o nosso coração, e a emoção tomou conta daquela casa. Tínhamos um novo membro na família a quem dê-mos o nome de LUCKY.

Ele era realmente muito pequeno, frágil, mas havia algo nele que me fascinava... Ele ainda não sabia, mas iria mudar a minha vida para sempre.

As primeiras noites foram difíceis ele chorava muito, tinha saudades da mamã, coitadinho, como tal eu descia as escadas e ali ficava noites e noites para que ele pudesse descansar com a certeza que já não estava sozinho, eu estava ali com ele. Acho que foi a partir daí que se criou esta ligação tão profunda entre nós, não de animal e dono mas sim de mãe e filho.

Se calhar para muitos poderá chocar esta minha maneira de ver a vida, Mãe e Filho? É apenas um cão! Posso compreender, aliás já muitos me disseram isso, mas eu sinto assim, sinto-o como uma parte de mim, desta familia, ele não é nem mais nem menos do que ninguém dentro deste lar, e o amor que sinto por ele permite-me sim, de o tratar como um filho...



Meu pequeno Principe 💖